19 de novembro, de 2010 | 01:02

O caso da arquiteta: campanha pede justiça

Amigos usam rede para pedir esclarecimento da morte de Cirlaine Aparecida. Polícia espera que ex-marido se apresente.

Álbum da Família


CIRLAINE

IPATINGA – “Justiça, em nome de Cirlaine Aparecida Brandão, 30 anos, assassinada pelo ex-marido em Ipatinga”. Com esse título, amigos, conhecidos e parentes da arquiteta fazem uma campanha na internet, pelo esclarecimento do caso e a prisão do suspeito de homicídio ocorrido na tarde do dia 4 de novembro, no bairro Ideal, em Ipatinga. 
“Vamos fazer valer a imensurável força desta importante ferramenta e prestar uma grande ajuda às polícias”, continua a mensagem que circula há duas semanas, já com milhares de endereços eletrônicos.
Os incentivadores da campanha dizem que querem “ajudar a promover a justiça e garantir a paz e a tranquilidade dos familiares que, além de sofrerem pela dor da perda de um ente querido, ainda temem por suas próprias vidas”, diz o apelo da mensagem eletrônica. O recurso tem sido cada vez mais utilizado em campanhas de ampla mobilização, embora sejam grandes os riscos de fraudes. 
As apurações iniciais apontam como principal suspeito do crime, alvo da campanha, o ex-marido da vítima, Welington Fernandes da Silva, de 31 anos, foragido. 
Duas representações feitas por Cirlaine antes de ser morta, na Delegacia de Mulheres de Ipatinga, reforçam as suspeitas. No documento a vítima relata em ocasiões diferentes ameaças que ela tinha sofrido do ex-marido. Na última representação, dia 14 de setembro, a vítima relatou que tinha sido ameaçada com uma arma apontada pelo ex-marido.
No dia 22 de outubro a Delegacia de Mulheres encaminhou o inquérito para a Justiça, com o pedido de “medidas protetivas” para a vítima, com a proibição da aproximação de Welington da ex-mulher. Antes da avaliação do pedido a vítima foi morta. O carro utilizado pelo seu executor, um Fiat Palio alugado foi encontrado abandonado no bairro Horto, com cápsulas deflagradas em seu interior e um recibo de locação em nome de Welington. 
“A polícia e a Justiça estão fazendo o papel deles. Mas sabemos que, infelizmente, não contamos com aparato estatal suficiente para garantir a nossa segurança”, diz a mensagem.
Por isso, os autores da mensagem eletrônica dizem que resolveram apelar à rede de computadores, divulgando a foto do suposto assassino, indicando que as pessoas com informações sobre o paradeiro do suspeito devem ligar para o disque-denúncia 194.
Investigação
A Polícia Civil garante que não está parada diante do caso da morte da arquieta Cirlaine Brandão Coelho. O delegado que preside as investigações, Elton Cota, disse que só vai falar sobre o caso quando as investigações estiverem concluídas. “Após a conclusão do trabalho vamos informar em uma entrevista coletiva a conclusão a que chegamos sobre esse caso. Não vamos falar nada no momento, para não atrapalhar as investigações”, concluiu o delegado.
Mais um protesto
Familiares e amigos de Ângelo Augusto Rodrigues, de 31 anos fazem hoje protesto contra a falta de esclarecimento do seu homicídio. Ângelo foi executado em 18 de novembro do ano passado na Pousada Três Lagos, em Marliéria.
No entanto, o crime permanece sem solução. A falta de uma resposta para o assassinato leva familiares e amigos para as ruas de Timóteo e Coronel Fabriciano, hoje a partir das 15h. O protesto vai começar em frente ao Fórum de Timóteo, segue para a delegacia da Polícia Civil, no bairro Timirim, e termina em Coronel Fabriciano, onde residem familiares do empresário.
O QUE JÁ FOI PUBLICADO:

Pedida a prisão temporária de suspeito na morte de arquiteta - 08/11/2010

Clima de revolta marca sepultamento de arquiteta - 05/11/2010

Arquiteta é morta com 2 tiros dentro de carro - 04/11/2010

 

Álbum da Família


WELINGTON
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